segunda-feira, 4 de abril de 2011

O Clarinete

O clarinete ou clarineta é um instrumento musical de sopro constituído por um tubo cilíndrico de madeira (já foram experimentados modelos de metal), com uma boquilha cônica de uma única palheta e chaves (hastes metálicas, ligadas a tampas para alcançar orifícios aos quais os dedos não chegam naturalmente). Possui quatro registros: grave, médio, agudo e superagudo. Quem toca o clarinete é chamado de clarinetista



HISTORIA O clarinete é um descendente do chalumeau, instrumento bastante popular na Europa pelo menos desde a Idade Média. Em 1690, Johann Christoph Denner, charamelista alemão, acrescentou à sua charamela uma chave para o polegar da mão esquerda, para que assim pudesse tocar numa abertura, o que lhe trouxe mais possibilidades sonoras. Surgiu, assim, o clarinete contemporâneo. Introduzido nas orquestras em 1750, foi um dos últimos instrumentos de sopro incorporados à formação orquestral moderna. E a clarineta é usada até hoje nas maiores orquestras do mundo.

Tipos de clarinete

A família do clarinete é composta por vários instrumentos:
  • Clarineta Sopranino . Em Láb - 1 oitava mais aguda que a requinta.
  • Clarineta Requinta - Em Eb (Mib) ou em D (Ré) - 1 quinta mais aguda que o soprano. A Requinta em Ré é antiga e incomum hoje em dia.
  • Clarineta Soprano (clarineta padrão) - o mais comum - geralmente afinado em C(Dó),Bb(Sib),A(Lá)
  • Clarineta Basset - Em A (lá) - muito usado em concertos para clarinete em lá, sobretudo no concerto de Mozart e quinteto de Mozart, este clarinete atinge notas de mais graves além do registro usual da clarineta padrão.
  • Cor de basset ou Corno Basseto - espécie de clarinete em Fá, tem o corpo ligeiramente diferente (curvo ou angular), muito usado por Mozart, mas caiu em desuso, apesar de ter sido usado por R. Strauss em Elektra, por exemplo.
  • Clarinete Alto - Em Eb (Mib) - 1 quinta mais grave que o soprano
  • Clarinete Baixo ou Clarone - Em Bb (Sib) - 1 oitava mais grave que o soprano
  • Clarinete Contra-Alto ou Clarone Contra-Alto - Em Eb (mib) - 1 quinta mais grave que o Clarone e 1 oitava mais grave que a clarinete-alto.
  • Clarinete Contra-Baixo ou Clarone Conra-Baixo - Em Bb (Sib) - 2 oitavas mais grave que o soprano.
  • Clarinete OctoContra-Alto - Em Eb (mib) - 1 quinta mais grave do que o Contra-Baixo, 2 oitavas mais grave do que o clarinete-alto.
  • Clarinete OctoContra-Baixo - Em Bb (Sib) - 3 oitavas mais grave que o soprano.

Sistemas de Chaves/Registros e Aneis

Existem vários sistemas de chaves para clarinetes. O chaveamento para clarinetes foi evoluindo com o tempo e se tornando mais ergonômico, facilitando vibratos e glissandos, e melhorando a afinação.[1]
No inicio do século 19 a clarineta tinha de 6 a 7 chaves mas nao existia um sistema padronizado. Por volta de 1811 Iwan Muller fez vários aprimoramentos a clarineta e por volta de 1815, o sistema Muller com 13 chaves se popularizou.
Hoje em dia o sistema de chaves mais usado é o Boehm. Ele recebeu este nome pois tem como base o sistema com o mesmo nome que se tornou padrão nas flautas transversais criado pelo inventor Theobald Boehm. Esse sistema foi adaptado para o clarinete por Hyacinthe Klosé e Auguste Buffet.[2]
O sistema Muller que foi usado extensivamente no século 19 deu origem a dois sistemas ainda usados hoje: O sistema Albert que é usado no leste europeu, em bandas de jazz (principalmente no sul dos Estados Unidos) e é o sistema preferido dos clarinetistas de Klezmer. E o sistema Oehler que é usado principalmente na Alemanha e Áustria[2]
O número de chaves/registos e de aneis pode variar bastante dependendo do sistema usado, tipo de clarinete, e do fabricante.
Para clarinetes soprano Sib essas são as configurações mais comuns:
  • Sistema Boehm com 16 ou 17 chaves e 6 aneis
  • Sistema Albert com 13 chaves e 2-4 aneis
  • Sistema Oehler com 22 chaves e 5 aneis
Devido ao numero reduzido de chaves e aneis, o sistema Albert tambem é conhecido como sistema simples.[2]
Uma variação ao Boehm bastante popular é o Boehm Completo, com 7 aneis, que adiciona algumas melhorias ao Boehm. Existiram vários sistemas experimentais e transitórios, dentre estes, alguns notaveis foram o Albert Aperfeiçoado e o Mazzeo, ambos produzidos pela Selmer, o Romero e o McIntyre.

Material de construção

Os clarinetes são tradicionalmente feitos de metal, ébano, granadilha, ebonite ou plástico.
No início do século 20 as frágeis boquilhas de madeira e de vidro foram substituídas por boquilhas de plástico ou ebonite, que fazem a maior parte das boquilhas fabricadas hoje em dia. Atualmente também são fabricados alguns modelos de boquilhas de cristal e de cerâmica, mas essas não são extensamente usadas devido ao alto custo e à fragilidade.
Barrilhetes e a campanas especializados podem ser feitos de vários tipos de madeira, de alumínio, cerâmica ou outros materiais. os clarinetes so tem uma palheta simples

Composição do Clarinete

O clarinete tem cinco partes, que são: a boquilha, o barrilhete, o corpo superior, o corpo inferior e a campana.
Boquilha: é a zona do clarinete onde se sopra. Usa-se uma palheta (feita de cana, que vibra com a passagem do ar), produzindo som.
Barrilhete: dá algum tamanho ao clarinete. É usado para a afinação. Quando o clarinete está “alto”, puxa-se o barrilhete para cima, mas caso contrário, põe-se o barrilhete para baixo. Barrilhetes de vários tamanhos, barrilhetes ajustáveis, e anéis de calço são vendidos para correção de afinação.
Corpos -superior e inferior- estes corpos são onde estão localizados os buracos e chaves onde se toca. O som fica diferente à medida que se mudam os dedos de posição, fazendo com que o ar saia por buracos diferentes.
Campana: A campana é o “amplificador” do clarinete.
O som é produzido devido à vibração da palhetas (uma lâmina feita de cana), provocada pelo sopro do clarinetista.

Particularidades

A clarineta possui semelhanças com o oboé, mas difere deste no que diz respeito à sua forma (o oboé é cônico, e a clarineta é cilíndrica); no timbre (o oboé é rascante, anasalado e penetrante, enquanto a clarineta é mais aveludada que penetrante, menos rascante e mais encorpada); e na extensão de notas (o oboé possui a menor extensão de notas dentre os sopros, enquanto a clarineta, a maior). Essas diferenças se dão principalmente pela forma cilíndrica da clarineta e do uso de apenas uma palheta, enquanto que no oboé, no fagote e no corne ingês (também membros das madeiras) se utiliza uma palheta dupla.
Os clarinetistas atualmente compram suas próprias palhetas e fazem os ajustes necessários artesanalmente a fim de corrigir as imperfeições destas, para adequá-las à sua própria anatomia e necessidade de som. A palheta é fixada na boquilha por meio da braçadeira, que funciona como um prendedor, onde o clarinetista manipula a força e intensidade com que a palheta está presa na boquilha. Via de regra, a palheta não pode estar demasiadamente frouxa e nem excessivamente apertada.
Embora o processo descrito acima, sobre o uso da palheta nas clarinetas, também seja usado no saxofone, não podemos confundi-lo. O saxofone nasceu da clarineta e, por isso, apresenta mecanismos semelhantes, mas a embocadura da clarineta é muito mais tensa e trabalhosa do que a embocadura exigida no saxofone. E isso é muito nítido ao comparar a execução de um saxofone e de uma clarineta. Inclusive, muitos músicos que querem aprender a tocar saxofone, também optam por aprender primeiramente, ou paralelamente, a clarineta.

Clarinete, um instrumento transpositor

O clarinete pertence a um grupo de instrumentos chamados transpositores, o que, em poucas palavras, pode ser resumido da seguinte forma: A nota escrita (na partitura) é diferente da nota verdadeira: isso por causa da afinação própria do instrumento. Sendo assim, é necessário que haja uma transposição de notas para que o clarinete toque no tom real da música. Isso trouxe facilidade aos músicos, pois, a clarineta possui uma extensão de notas muito grande. Os clarinetes mais comuns são os instrumentos em Si bemol e em Lá. O instrumento em Dó, raramente usado hoje, era muito utilizado na orquestra clássica e pré-romântica (Mozart e Beethoven) e nas sinfonias de Gustav Mahler. Há, também, os clarinetes mais agudos, também conhecidos como requinta em Mi bemol, raramente encontrados em Ré (Richard Strauss e Stravinsky), e as clarinetas mais graves, como as clarinetas alto em Mi bemol, a clarineta baixo em Si bemol e o clarinete contrabaixo em Si bemol. Aparentado com o clarinete, é o cor de basset, afinado em Fá. Enquanto as bandas militares dão preferência ao clarinete alto, as orquestras sinfónicas dão preferência ao cor de basset.

O prestígio do clarinete

As possibilidades harmônicas, o grande controle de dinâmicas que o instrumento permite, a grande agilidade, a grande extensão de notas, a sua natureza de timbres e o poder sonoro dão ao clarinete uma posição de destaque nas orquestras actuais. Alguns dizem que é o "violino das madeiras", em razão das virtudes mencionadas acima. No entanto, o clarinete ainda não é um instrumento perfeito e algumas notas ainda apresentam sérios problemas de afinação, mesmo com todo o trabalho iniciado pelo flautista Boehm, que foi adaptado posteriormente para os demais sopros. O sistema Oehler é, hoje, considerado o mais apropriado para o clarinete, já que resolveu a maior parte dos problemas deste instrumento, mas, ainda assim, não é perfeito, pois acarretou uma perda de brilho ao timbre natural do clarinete. Enquanto o sistema Boehm, apesar de manter alguns desses problemas, mantém o brilho particular deste instrumento.
O controle dessas imperfeições cabe ao músico, e isso ajuda a tornar o clarinete um instrumento desafiador. Quem se interessar em tocar clarinete, saiba que precisará de muito empenho e dedicação, mas saiba também que irá se encantar com a beleza desse instrumento.

A natureza do timbre e onde escutar o clarinete

O timbre da clarineta é muito diversificado. Na região grave, chamada de chalumeau o timbre é aveludado, cheio e obscuro; no registro médio, há uma mudança fantástica, pois o timbre se torna brilhante e expressivo. Conforme o registro vai-se tornando agudo, o timbre vai-se tornando cada vez mais brilhante, e ganhando uma natureza humorística, sarcástica.
A grande capacidade de expressão da clarineta tornou-a um instrumento de grande prestígio em diversos tipos de estilos. No Klezmer é que podemos ouvir os solos mais sarcásticos e "humorísticos" deste instrumento. No Brasil, este instrumento é bastante utilizado na execução de choros, e em grupos de samba, serestas e na própria MPB.


O Saxofone

Saxofone, também conhecido simplesmente como sax, é um instrumento de sopro inventado em 1840 e patenteado em 1846 pelo belga Adolphe Sax, um respeitado fabricante de instrumentos, que viveu na França no século XIX.
Saxofone tenor em exposição
Ao contrário da maioria dos instrumentos populares hoje em dia, que para chegar ao seus formatos atuais foram evoluídos de instrumentos mais antigos, o saxofone foi um instrumento inventado. O pai do saxofone foi o belga Antonie Joseph Sax, mais conhecido pela alcunha de Adolphe Sax. Filho de um fabricante de instrumentos musicais, Adolphe Sax aos 25 anos foi morar em Paris, e começou a trabalhar no projeto de novos instrumentos. Ao adaptar uma boquilha semelhante à do clarinete a um oficleide, Sax teve a ideia de criar o saxofone. A data exata da criação do instrumento foi em 28 de junho de 1840. Mesmo tendo sido lançado há muitos anos, os modelos e formatos continuam semelhantes aos criados por Adolphe Sax , sendo utilizado e admirado o formato original.
Embora seja feito de metal, o saxofone pertence à família das madeiras, pois seu som é emitido a partir da vibração de uma palheta de madeira que fica fixada à boquilha.
Por ter um som único, com propriedades tanto dos instrumentos de madeira, quanto dos de metal, o saxofone logo foi adotado por muitos músicos. O sax tem a capacidade de ter o poder de execução de instrumentos como os clarinetes, ao mesmo tempo que tem uma potência sonora quase tão grande quanto à das cornetas. Além disso seu timbre é um dos que mais se assemelham ao da voz humana.
Aqui estão as digitações dele:
Digitação básica: [1]
Digitação avançada: [2]
Essas digitações servem para qualquer tipo de Saxofone.A digitação avançada está escrito para Sax tenor e alto mas, serve para qualquer tipo.
Os bocais desse instrumento são de vários tipos, por exemplo: bocal de som mais brilhante; bocal de som mais suave e bocal de som mais áspero, do tom do próprio sax. Também existem vários tipos de palhetas.

O Trombone

O trombone é um aerofone da família dos metais. É mais grave que o trompete e mais agudo que a tuba.
Há duas variedades de trombone, quanto à forma:
  • Trombone de Vara: Possui uma válvula móvel (vara), que, ao ser deslizada, altera o tamanho do tubo, mudando a nota. São várias as particularidades da vara:
    • Faz com que o trombone apresente todas as notas dentro da sua extensão (é comum entre os instrumentos de pisto um "buraco", isto é, notas ausentes na região grave).
    • Deixa o timbre do instrumento mais homogéneo em todos os registros, já que o ar não muda de caminho, apenas aumenta ou diminui o percurso.
    • É mais adequada para realizar efeitos como o glissando.
    • Requer um maior cuidado com a afinação.
A família do trombone apresentava originalmente os instrumentos Soprano, Contralto, Tenor, Barítono e Baixo. Com a evolução da música, alguns tipos foram sendo abandonados. O Romantismo consagrou o trombone tenor como o mais nobre da família.
Na atualidade utilizam-se muito frequentemente o trombone Tenor-Baixo, em Si bemol - Fá, e modelos dotados de válvulas mecânicas acionadas com a mão esquerda.

O Trompete

O trompete ou trombeta é um instrumento musical de sopro, um aerofone da família dos metais, caracterizada por instrumentos de bocal, geralmente fabricados de metal. É também conhecido como pistão (por metonímia). Quem toca o trompete é chamado de trompetista.
O trompete é um tubo de metal, com um bocal no início e uma campana no fim. A distância percorrida pelo ar dentro do instrumento é controlada com o uso de pistos ou chaves, que controlam a distância a ser percorrida pelo ar no interior do instrumento. Além dos pistos, as notas são controladas pela pressão dos lábios do trompetista e pela velocidade com que o ar é soprado no instrumento.
O trompete é utilizado em diversos gêneros musicais, sendo muito comumente encontrado na música clássica e no jazz. Em estilos mais acelerados, como o frevo, o ska e latinos como o mambo e a salsa, bem como no maracatu rural, na zona da mata do norte de Pernambuco.

O Rock

Rock é um termo abrangente que define o gênero musical popular que se desenvolveu durante e após a década de 1950. Suas raízes se encontram no rock and roll e no rockabilly que emergiu e se definiu nos Estados Unidos da América no final dos anos quarenta e início dos cinquenta, que evoluiu do blues, da música country e do rhythm and blues, entre outras influências musicais que ainda incluem o folk, o jazz e a música clássica. Todas estas influências combinadas em uma simples estrutura musical baseada no blues que era "rápida, dançável e pegajosa".[1]
No final das década de 1960 e início dos anos setenta, o rock desenvolveu diferentes subgêneros. Quando foi misturado com a folk music ou com o blues ou com o jazz, nasceram o folk rock, o blues-rock e o jazz-rock respectivamente. Na década de 1970, o rock incorporou influências de gêneros como a soul music, o funk e de diversos ritmos de países latino-americanos. Ainda naquela década, o rock gerou uma série de outros subgêneros, tais como o soft rock, o glam rock, o heavy metal, o hard rock, o rock progressivo e o punk rock. Já nos anos oitenta, os subgêneros que surgiram foram a New Wave, o punk hardcore e rock alternativo. E na década de 1990, os sub-gêneros criados foram o grunge, o britpop, o indie rock e o nu metal.
O som do rock muitas vezes gira em torno da guitarra elétrica ou do violão e utiliza um forte backbeat (contratempo) estabelecido pelo ritmo do baixo elétrico, da bateria, do teclado, e outros instrumentos como órgão, piano, ou, desde a década de 1970, sintetizadores digitais. Junto com a guitarra ou teclado, o saxofone e a gaita (estilo blues) são por vezes utilizados como instrumentos solo. Em sua "forma pura", o rock "tem três acordes, um forte e insistente contratempo e uma melodia cativante".[1]
A maioria dos grupos de rock são constituídos por um vocalista, um guitarrista, um baixista e um baterista, formando um quarteto. Alguns grupos omitem uma ou mais destas funções e/ou utilizam um vocalista que toca um instrumento enquanto canta, às vezes formando um trio ou duo; outros ainda adicionam outros músicos, como um ou dois guitarristas e/ou tecladista. Mais raramente, os grupos também utilizam saxofonistas ou trompetistas e até instrumentos como violinos com cordas ou cellos.

O Blues

Blues é uma forma musical vocal e/ou instrumental que se fundamenta no uso de notas tocadas ou cantadas numa frequência baixa, com fins expressivos, evitando notas da escala maior, utilizando sempre uma estrutura repetitiva. Nos Estados Unidos surgiu a partir dos cantos de fé religiosa, chamadas spirituals e de outras formas similares, como os cânticos, gritos e canções de trabalho, cantados pelas comunidades dos escravos libertos, com forte raiz estilística na África Ocidental[1]. Suas letras, muitas vezes, incluíam sutis sugestões ou protestos contra a escravidão ou formas de escapar dela.

O Funk

Funk (também conhecido como soul funk ou funk de raíz)[1] é um estilo bem característico da música negra norte-americana, desenvolvido a partir de meados dos anos 1960 por artistas como James Brown e por seus músicos, especialmente Maceo Parker e Melvin Parker, a partir de uma mistura de soul music, soul jazz, rock psicodélico e R&B.
O funk pode ser melhor reconhecido por seu ritmo sincopado, pelos vocais de alguns de seus cantores e grupos (como Cameo, ou os Bar-Kays). E ainda pela forte e rítmica seção de metais, pela percussão marcante e ritmo dançante. Nos anos 70 o funk foi influência para músicos de jazz (como exemplos, as músicas de Miles Davis, Herbie Hancock, George Duke, Eddie Harris entre outros).

Musica Erudita

Música clássica ou música erudita é o nome dado à principal variedade de música produzida ou enraizada nas tradições da música secular e litúrgica ocidental, que abrange um período amplo que vai aproximadamente do século IX até o presente,[1] e segue cânones preestabelecidos no decorrer da história da música. As normas centrais desta tradição foram codificadas entre 1550 e 1900, intervalo de tempo conhecido como o período da prática comum.
Segundo o Dicionário Grove de Música, música erudita é música que é fruto da erudição e não das práticas folclóricas e populares. O termo é aplicado a toda uma variedade de músicas de diferentes culturas, e que é usado para indicar qualquer música que não pertença às tradições folclóricas ou populares.[2]
A música ocidental distingue-se de outras formas de música, principalmente, por seu sistema de notação em partituras, em uso desde o século XVI.[3] O sistema ocidental de partituras é utilizado pelos compositores para prescrever, a quem executa a obra, a altura, a velocidade, a métrica, o ritmo e a exata maneira de se executar uma peça musical. Isto deixa menos espaço para práticas como a improvisação e a ornamentação ad libitum, que são ouvidas frequentemente em músicas não europeias (ver música clássica da Índia e música tradicional japonesa) e populares.[4][5] O gosto do público pela apreciação da música formal deste gênero vem entrando em declínio desde o fim do século XX, marcadamente nos países anglófonos.[6] Este período viu a música clássica ficar para trás do imenso sucesso comercial da música popular, embora o número de CDs vendidos não seja o único indicador da popularidade do gênero.[7] Oposto aos termos música popular, música folclórica ou música oriental, o termo "música clássica" abrange uma série de estilos musicais, desde intricadas técnicas composicionais (como a fuga)[8] até simples entretenimento (operetas).[9][10] O termo só apareceu originalmente no início do século XIX, numa tentativa de se "canonizar" o período que vai de Bach até Beethoven como uma era de ouro.[11] Na língua inglesa, a primeira referência ao termo foi registrada pelo Oxford English Dictionary, em cerca de 1836.[12][1] Hoje em dia, o termo "clássico" aplica-se aos dois usos: "música clássica" no sentido que alude à música escrita "modelar," "exemplar," ou seja, "de mais alta qualidade", e, stricto sensu, para se referir à música do classicismo, que abrange o final do século XVIII e parte do século XIX.[13]

Musica Country

Música country (em Português,música sertaneja) . Suas raízes são encontradas na música folclórica tradicional, na música celta, no Jazz, na Música gospel, e na música popular do Século XX que se desenvolveu rapidamente nos anos de 1920.[1] O termo, Country music começou a ser usado nos anos da década de 1940, nos EUA, quando o termo original e precedente, música hillbilly (em Português, "música caipira"), foi considerado degradante, e o novo termo foi abraçado amplamente nos anos de 1970, enquanto o termo Country and Western (em Português, "Sertaneja e do Oeste") caiu de uso deste então, com exceção do Reino Unido, aonde o termo ainda é freqüentemente usado.[1]
Também os imigrantes franceses e italianos contribuíram na sua formação, mas suas principais raízes são compostas pelas velhas canções inglesas. Por se tratar de um gênero representado pelos homens do campo é muito associado a vestes e instrumentos rústicos como o Banjo, Bandolim, Rabeca, Violão, Washboard, etc. As primeiras gravações datam de meados de 1922, quando a gravadora Victor lançou no mercado norte americano o som de Uncle Eck Robertson e Henry Gilliard. Nos EUA, Jimmie Rodgers é conhecido como o Pai da Música Country, que durante sua pequena carreira influenciou grandes nomes como Hank Williams e lendas da Música Country Willie Nelson, ZZ Top e John Denver. Porém, o grande nome da Música Country foi Hank Williams, autor do clássico Jambalaya que é executado em todos os países do mundo como a música que mais representa esse estilo. Hank Williams teve uma carreira meteórica, morrendo aos 30 anos de idade em decorrência de coma alcoólico. Suas músicas até hoje são regravadas e executadas em todo mundo. No sexo feminino, o grande nome é o da canadense Shania Twain que apenas com um disco, vendeu aproximadamente 46 milhões de cópias, e é considerada pela crítica especializada como a rainha da country music, superando muitas vezes a afinadíssima Dolly Parton. Outros grandes nomes da Música Country são: Fiddlin' John Carson,Nickelback, Jason Aldean, Desert Rose Band,Tom Morello, Stevie Ray Vaughan, The Rolling Stones, Kid Rock, Eddie Rabbitt, Chris Young, Elvis Presley, Toby Keith, Lynyrd Skynyrd, Allman Brothers Band, Mike Ness, Creedence Clearwater Revival, Zakk Wylde, Joe Ely, George Harrison, Steve Miller Band, Kenny Rogers, Waylon Jennings, Johnny Cash, Bill Monroe, Patsy Cline, George Jones, Loretta Lynn, Emmylou Harris, Dolly Parton, Roy Clark, Don Williams, Merle Haggard, Doc Watson, Bob Dylan e mais recentemente Shania Twain, Reba McEntire, Kenny Chesney, Brad Paisley, Carrie Underwood, Alan Jackson, Tim McGraw, The Wreckers, Taylor Swift, Clint Black, George Strait, Faith Hill, Kathy Mattea, Suzy Bogguss, Brooks & Dunn, Billy Ray Cyrus,Keith Urban , Garth Brooks, BlackSmith, Jennette McCurdy, Travis Tritt, LeAnn Rimes, Miranda Lambert, Lady Antebellum e Miley Cyrus
A "capital" estadunidense da música country é Nashville, Tennessee, pois é lá onde se encontrava a sede de diversas gravadoras do gênero, e onde se realizaram os mais famosos festivais desse estilo musical.

Musica Eletronica

Música electrónica (português europeu) ou Música eletrônica (português brasileiro) (AO 1990: Música eletrónica/eletrônica) é toda música que é criada ou modificada através do uso de equipamentos e instrumentos electrónicos,[1] tais como sintetizadores, gravadores digitais, computadores ou softwares de composição. Os softwares são desenvolvidos de forma a facilitar a criação.
Por sua história passou de uma vertente da música erudita (fruto do trabalho de compositores visionários) a um elemento da música popular, primeiramente bastante relacionado ao rock e posteriormente discernindo-se como um gênero musical próprio (principalmente relacionado com a música popular nos sub-estilos considerados dançantes tais como o techno, acid, house, trance e drum 'n' bass, desenvolvidos a partir do auge da música disco no final da década de 1970). Actualmente existem várias ramificações do estilo, tanto eruditas como populares.
Originalmente relutada por ter sua tecnologia evoluída muito mais rapidamente que sua estética, só passou a ter princípios e tradição após a Segunda Guerra Mundial,[1] com o trabalho de franceses na música concreta e de alemães na Elektronische Musik.

Musica Pop

Música pop (Abreviatura da palavra Popular) é um gênero musical que não apresenta um ritmo específico, mas um sistema de valores que envolve espetáculo no palco, moda visual e empatia entre o público juvenil. É um tipo de música que alcança um alto número de vendas e/ou execuções. A música pop tem como marca a apreciação por parte de todo tipo de público. Os artistas que se dedicam a compor canções no estilo pop têm como principal objetivo a sua audiência e o seu sucesso comercial, muitas vezes cantando em diversos gêneros musicais.
Os maiores ícones pop de todos os tempos são os famosos cantores e compositores norte-americanos Michael Jackson, e Madonna.

Musica Popular Brasileira(MPB)

A Música Popular Brasileira (mais conhecida como MPB) é um gênero musical brasileiro. Apreciado principalmente pelas classes médias urbanas do Brasil, a MPB surgiu a partir de 1966, com a segunda geração da Bossa Nova. Na prática, a sigla MPB anunciou uma fusão de dois movimentos musicais até então divergentes, a Bossa Nova e o engajamento folclórico dos Centros Populares de Cultura da União Nacional dos Estudantes, os primeiros defendendo a sofisticação musical e os segundos, a fidelidade à música de raiz brasileira. Seus propósitos se misturaram e, com o golpe de 1964, os dois movimentos se tornaram uma frente ampla cultural contra o regime militar, adotando a sigla MPB na sua bandeira de luta.
Depois, a MPB passou abranger outras misturas de ritmos como a do rock, soul e o samba, dando origem a um estilo conhecido como samba-rock, a do música pop e do Samba, tendo como artistas famosos Gilberto Gil, Chico Buarque e outros e no fim da década de 1990 a mistura da música latina influenciada pelo reggae e o samba, dando origem a um gênero conhecido como Samba reggae.
Apesar de abrangente, a MPB não deve ser confundida com Música do Brasil, em que esta abarca diversos gêneros da música nacional, entre os quais o baião, a bossa nova, o choro, o frevo, o samba-rock, o forró, o Swingue e a própria MPB.

Curiosidade da Musica


clave A música é uma coisa que o ser humano não pode viver sem, não é mesmo? Não importa o gênero, o ritmo, a letra, os arranjos, há gosto pra tudo. Por isso, trago uma série sobre algumas curiosidades interessantes sobre essa nobre arte, como fatos e histórias sobre os instrumentos mais populares.

  • Como e quando surgiu a música?
Pra começar, é difícil dizer quando e como surgiu a música. Muitos acreditam que surgiu com a criação do universo, sendo uma coisa Divina, outros acham que começou com os sons produzidos pelos primeiros seres vivos do universo a bilhões de anos. Ela então teria sido apenas decodificada pelo homem, ganhando diversos instrumentos para trasmitir seus sons.

  • O surgimento do violão
violaoExistem duas hipóteses mais prováveis sobre a criação do violão. A primeira diz que o instrumento é derivado da khetara grega, e teria sido levada pelos romanos à península Ibérica (região onde situa-se Portugal e Espanha) no século I a.C. Lá, teria ganhado a forma que se assemelha aos tempos de hoje, só que com três cordas a princípio.
A segunda diz que o violão deriva-se do alaúde árabe, levado à península Ibérica na época da invasão muçulmana, na Batalha de Guadalete, ocorrida no ano 711. Com a influência islâmica que durou alguns anos na região, o instrumento foi se popularizando e se adaptando à cultura local.

  • A primeira música gravada
Os créditos sobre a primeira gravação eram dados a Thomas Edison que, antes de inventar a lâmpada elétrica, criou o fonógrafo, em 1877. Durante o processo de criação, ele cantou um poema para testar o invento. Mas alguns cientistas americanos acabaram descobrindo uma gravação feita em 1860, 17 anos antes da outra feita por Edison, mostrada logo a seguir no vídeo:

Já no Brasil, a primeira música gravada foi “Isto é Bom”, do cantor e compositor baiano Xisto Bahia, em 1902. Confira o vídeo desta também:


  • A criação dos discos
discos 78_rpm A criação dos discos é creditada ao canadense Émile Berliner, na década de 1870, feitos de goma-laca, material negro e opaco. A princípio, não havia um padrão de velocidade e tamanho dos discos. Só na década de 1910 é que os discos passaram a ter a velocidade padrão de 78 rpm (rotações por minuto) com 25 cm.
Já os LP’s (Long Play) surgiram no final da década de 40, produzidos com material plástico, mais leves, práticos e mais resistentes que os de 78 rpm

Espero que tenham gostado dessa primeira parte. Em breve trarei outras curiosidades sobre música.
Fonte: A Evolução do Violão na História da Música / Autor: Eduardo Fleury Nogueira / 1991 / São Paulo

Musica Sacra

A música sacra, em sentido restrito (e mais usado), é a música erudita própria da tradição religiosa judaico-cristã. Em sentido mais amplo é usado como sinônimo de música religiosa, que é a música nos cultos de quaisquer tradições religiosas.
A expressão foi cunhada pela primeira vez durante a Idade Média, quando se decidiu que deveria haver uma teoria musical distinta para a música das missas e a música do culto, e tem em sua forma mais antiga o canto gregoriano. A música sacra foi desenvolvida em todas as épocas da história da música ocidental, desde o Renascimento (Arcadelt, Des Près, Palestrina), passando pelo Barroco (Vivaldi, Bach, Haendel), pelo Classicismo (Haydn, Mozart, Nunes Garcia), pelo Romantismo (Bruckner, Gounod, César Franck, Saint-Saëns) e finalmente o Modernismo (Penderecki, Amaral Vieira).
Algumas formas que se enquadram dentro da música sacra são os motetes, que são peças baseadas em textos religiosos - quase sempre em latim, os salmos, que são uma forma particular de motetes baseadas no Livro dos Salmos, a missa, oriunda da liturgia católica e geralmente dividida em seis partes básicas (Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei) e o réquiem, ou missa dos mortos, que inclui as partes básicas da missa e mais outras (Dies Irae, Confutatis, Lacrimosa, etc.).
Alguns textos musicados em motete, por vários compositores, são:

Musica e arte

A Educação conforme a escritora americana Ellen White é o “desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, mentais e espirituais” e a arte contribui muito para esse desenvolvimento integral.
A escritora brasileira Ana Mae Tavares Bastos Barbosa mencionou: “Educação é o caminho que leva alguém a realizar as próprias descobertas e alcançar sua expressão própria”.
Sabemos que os gregos, desde os tempos remotos, tinham como disciplinas primordiais à educação física e a música. A primeira, para desenvolver um bom físico e a segunda para uma mente sadia, “Mente sã em corpo são”.
Todos os pais e educadores devem se convencer de que a música é um inestimável beneficio para a formação, desenvolvimento e equilíbrio da personalidade da criança e adolescente.
Segundo o educador Paulo Dourado: “A música é a mias abstrata das manifestações do homem. Exprime o que de mais profundo há no espírito humano”.
A utilização da música na educação de crianças é um grande estimulo ao desenvolvimento do pensamento criativo, da imaginação e de noção de forma.
Os três elementos fundamentais da música, melodia, harmonia e ritmo, devem ser desenvolvidos cantando, ouvindo e tocando instrumentos até construídos pelos próprios alunos.
O objetivo deve ser o desenvolvimento das faculdades intelectuais e sensoriais e a busca de uma interação enriquecedora entre ambas. Advoga-se a tese de maior intercambio entre arte, ciência e técnica e, de que “toda pessoa é talentosa”, procurando despertar no estudante sua sinceridade de emoção, sua agudeza de observação, sua fantasia e criatividade.
O professor deve estimular os alunos à composição de músicas instrumentais e vocais. Deve permitir em primeiro lugar a exploração livre pelos alunos, depois, à medida que vão realizando as improvisações, professor e aluno selecionam o material, colocam numa ordem, ensaiam bem para que saibam as letras com precisão rítmica e melódica. As músicas podem ser integradas numa peça de teatro, numa coreografia, numa festival ou num recital ou concerto.
Achamos interessante mencionar uma experiência com nossos alunos da Educação Artística do 2o. Grau, atual Ensino Médio, onde dividimos a classe em vários grupos, escolhemos um tema onde um grupo escreveu o roteiro da peça, outro pintou e improvisou o cenário, outro cuidou dos efeitos de luz e som, outros interpretaram os papéis, dramatizaram, o grupo dos músicos providenciou os fundos musicais e tocou na abertura, interlúdio e poslúdio.
A classe trabalhou unida e arduamente, e apresentou um programa para pais e alunos da escola. Todos os alunos se realizaram e, felizes, foram coroados pelos seus esforços.
Pela lei 5.692/71 o Brasil instituiu duas horas por semana para Arte nas escolas. Para nosso trabalho muitas vezes era pouco tempo e os alunos não se incomodavam em marcar ensaios extras, pois faziam por prazer e com gosto. O que acontece, é que muitas vezes professores pouco motivados, sem formação especializada ou, ainda pior, alguns pouco interessados em aperfeiçoar-se, sem idéias renovadoras, tornam essas aulas maçantes. Isto e mais o consenso antimusical de alguns pedagogos do nosso país “Música não serve para nada”.
Opinião assim e, música, como arte turva, instintiva, impulsiva, sexualizada, pouco compatível com a sublimação cultural e mais a radiocacofonia, cotidiana e permanente, que provocam fenômenos de rejeição acústica, ensinam a desouvir.
Todas estas idéias negativas de música formadas no século XX e a vinda de músicas ruidoras que, cansam e desgastam grandemente o sistema nervoso, deixam as pessoas irritadas e extremamente cansadas.
Por outro lado, as músicas eruditas em geral, têm um efeito terapêutico muito grande, ajudando na cura de várias enfermidades, daí o termo “musicoterapia”.
Infelizmente, alguns ainda advogam que as experiências em arte são luxo dispensável, podendo despertar perigosos impulsos para o efemininamento e a boemia. Até ligam sempre os artistas a pessoas desajustadas e metidas com drogas.
O conceito de ensino da arte como adorno para as moças da classe alta até meados deste século, fixou a idéia que as belas artes e o estudo do piano e canto são só para o sexo feminino, concepção esta inteiramente errada.
Instrumentos e Belas Artes não possuem sexo. São apropriados a todos independentemente de sexo. Tanto que os pianistas, cantores e pintores de maior projeção de todos os séculos são homens. Talvez, devido ao machismo existente em todo o mundo, em todas as épocas...
Portanto as generalizações aos músicos e artistas são simplesmente absurdas! A música no decorrer de nossa vida e, na experiência artística-musical, sempre representou uma forma de libertação emocional, uma grande auxiliadora pedagógica par se aprender as demais matérias. Também para desenvolver: a coordenação motora, leitura dinâmica, criatividade, senso estético, concentração, desinibição, afetividade, auto-afirmação, equilíbrio, confiança, fluência, flexibilidade e originabilidade.
É nosso objetivo reforçar que a música e, as artes em geral, podem contribuir para o equilíbrio emocional, psicológico e social do educando. Igualmente, que o ensino da música na arte educação, por pessoas devidamente especializadas, é de suma importância a fim de proporcionar uma melhor integração do indivíduo na família, escola e sociedade.

domingo, 3 de abril de 2011

Istrumentos de percussao

Instrumento de percussão é um instrumento musical cujo som é obtido através da percussão (impacto), raspagem ou agitação, com ou sem o auxílio de baquetas. Das formas de classificação de instrumentos musicais, esta é a menos precisa e a que possui a maior variedade de instrumentos, a maior parte dos quais possuem altura indeterminada (ou seja, não podem ser precisamente afinados). Esses são utilizados primordialmente com função rítmica, como é o caso da maior parte dos tambores, o triângulo e os pratos. Os instrumentos de percussão de altura definida, como os xilofones podem ser utilizados com função melódica e harmônica.
Embora haja uma variedade de instrumentos produzidos especificamente com essa finalidade, qualquer batuque feito com objetos comuns pode ser considerado como percussão. É possível assim fazer a percussão em uma música utilizando tampas de panela, potes de alimento, mesas, cadeiras, caixas, talheres, pratos, copos e mesmo objetos mais complexos como máquinas de escrever.

Estrumentos de corda

Instrumentos de cordas são instrumentos musicais cuja fonte primária de som é a vibração de uma corda tensionada quando beliscada, percutida ou friccionada. Na classificação Hornbostel-Sachs, bastante utilizada atualmente, estes instrumentos representam a classe dos cordofones identificada pelos códigos iniciados pelo número 3.

Os instrumentos de cordas são importantes na história da música ocidental pois foi com um instrumento constituído de uma única corda, o monocórdio, que os filósofos e matemáticos da escola pitagórica descobriram todos os princípios matemáticos que regem os intervalos, escalas e a harmonia, dando origem ao estudo da teoria musical há mais de seis mil anos.

Instrumentos de sopro

Instrumentos de sopro são instrumentos musicais em que o som é produzido pela vibração de uma coluna de ar. Na organologia moderna que utiliza a classificação Hornbostel-Sachs, os instrumentos de sopro formam uma subcategoria da classe dos aerofones identificada pelo código 42.
De modo geral, a afinação dos instrumentos de sopro dependem do tamanho dos tubos (quando existentes). Quanto maior é o instrumento, mais baixa é a afinação e mais grave é a sonoridade. Em instrumentos que não possuem tubos, como a gaita, o acordeão e outros instrumentos de palheta livre, a afinação depende do tamanho da palheta.
O timbre destes instrumentos depende em geral do meio de produção de som (palhetas, lábios, arestas), do formato e do comprimento dos tubos.
Muitos dos instrumentos de sopro são transpositores. Isso significa que, por razões de construção, a afinação destes instrumentos não se baseia na fundamental Dó, mas em outras notas (as mais comuns são Si♭, Mi♭ e Fá). Como as partituras são feitas geralmente como se o instrumento fosse afinado em Dó, a nota que soa não é a mesma que está escrita. Por essa razão, sempre que um instrumento de sopro é descrito sua afinação é especificada (por exemplo: trompa em Fá, clarinete em Si♭).

Musica Dentro Da Mitologia

Os Capitéis do Coro de Cluny (Reprodução)
Oito modos, oito tons, oito partes do discurso, o legado da ciência antiga e carolíngia é chamado à zona mais sagrada do coro de Cluny III. Uma das quatro face dos dois capitéis que o ilustram associa o terceiro tom da música ao saltério, a harpa triangular que os vinte e quatro velhos do Apocalipse tangem.

História da Música

A história mitológica da música, no mundo ocidental, começou com a morte dos Titãs.
Conta-se que depois da vitória dos deuses do Olimpo sobre os seis filhos de Urano (Oceano, Ceos, Crio, Hiperião, Jápeto e Crono), mais conhecidos como os Titãs, foi solicitado a Zeus que se criasse divindades capazes de cantar as vitórias dos Olímpicos. Zeus então partilhou o leito com Mnemosina, a deusa da memória, durante nove noites consecutivas e, no devido tempo, nasceram as nove Musas.
Entre as nove Musas estavam Euterpe (a música) e Aede, ou Arche (o canto). As nove deusas gostavam de freqüentar o monte Parnaso, na Fócida, onde faziam parte do cortejo de Apolo, deus da Música.
Há também, na mitologia, outros deuses ligados à história da música como Museo, filho de Eumolpo, que era tão grande musicista que quando tocava chegava a curar doenças; de Orfeu, filho da musa Calíope (musa da poesia lírica e considerada a mais alta dignidade das nove musas), que era cantor, músico e poeta; de Anfião, filho de Zeus, que após ganhar uma lira de Hermes, o mais ocupado de todos os deuses, passou a dedicar-se inteiramente à música.
Se estudarmos com cuidado a mitologia dos povos, perceberemos que todo o povo tem um deus ou algum tipo de representação mitológica ligado à música. Para os egípcios, por exemplo, a música teria sido inventada por Tot ou por Osíris; para os hindus, por Brama; para os judeus, por Jubal e assim por diante, o que prova que a música é algo intrínseco à historia do ser humano sobre a Terra e uma de suas manifestações mais antigas e importantes.
História Não-Mitológica
A origem mecânica e não-mitológica da música divide-se em duas partes: a primeira, na expressão de sentimentos através da voz humana; a segunda, no fenômeno natural de soar em conjunto de duas ou mais vozes; a primeira, seria a raiz da música vocal; a segunda, a raiz da música instrumental.
Na história não-mitológica da música são importantes os nomes de Pitágoras, inventor do monocórdio para determinar matematicamente as relações dos sons, e o de Lassus, o mestre de Píndaro, que, perto do ano 540 antes de Cristo, foi o primeiro pensador a escrever sobre a teoria da música.
Outro nome é o do chinês Lin-Len, que escreveu também um dos primeiros documentos a respeito de música, em 234 antes de Cristo, época do imperador chinês Haung-Ti. No tempo desse soberano, Lin-Len -que era um de seus ministros- estabeleceu a oitava em doze semitons, aos quais chamou de doze lius. Esses doze lius foram divididos em liu Yang e liu Yin, que correspondiam, entre outras coisas, aos doze meses do ano.
Origem Física e Elementos
A música, segundo a teoria musical, é formada de três elementos principais. São eles o ritmo, a harmonia e a melodia. Entre esses três elementos podemos afirmar que o ritmo é a base e o fundamento de toda expressão musical.
Sem ritmo não há música. Acredita-se que os movimentos rítmicos do corpo humano tenham originado a musica. O ritmo é de tal maneira mais importante que é o único elemento que pode existir independente dos outros dois: a harmonia e a melodia.
A harmonia, segundo elemento mais importante, é responsável pelo desenvolvimento da arte musical. Foi da harmonia de vozes humanas que surgiu a música instrumental.
A melodia, por sua vez, é a primeira e imediata expressão de capacidades musicais, pois se desenvolve a partir da língua, da acentuação das palavras, e forma uma sucessão de notas característica que, por vezes, resulta num padrão rítmico e harmônico reconhecível.
O que resulta da junção da melodia, harmonia e ritmo são as consonâncias e as dissonâncias.
Acontece, porém, que as definições de dissonâncias e consonâncias variam de cultura para cultura. Na Idade Média, por exemplo, eram considerados dissonantes certos acordes que parecem perfeitamente consonantes aos ouvidos atuais, principalmente aos ouvidos roqueiros (trash metal e afins) de hoje.
Essas diferenças são ainda maiores quando se compara a música ocidental com a indiana ou a chinesa, podendo se chegar até à incompreensão mútua.
Para melhor entender essas diferenças entre consonância e dissonância é sempre bom recorrer ao latim:
Consonância, em latim consonantia, significa acordo, concordância, ou seja, consonante é todo o som que nos parece agradável, que concorda com nosso gosto musical e com os outros sons que o seguem.
Dissonância, em latim dissonantia, significa desarmonia, discordância, ou seja, é todo som que nos parece desagradável, ou, no sentido mais de teoria musical, todo intervalo que não satisfaz a idéia de repouso e pede resolução em uma consonância.
Trocando em miúdos, a dissonância seria todo som que parece exigir um outro som logo em seguida.
Já a incompreensão se dá porque as concordâncias e discordâncias mudam de cultura para cultura, pois quando nós, ocidentais, ouvimos uma música oriental típica, chegamos, às vezes, a ter impressão de que ela está em total desacordo com o que os nossos ouvidos ocidentais estão acostumados.
Portanto o que se pode dizer é que os povos, na realidade, têm consonâncias e dissonâncias próprias, pois elas representam as suas subjetividades, as suas idiossincrasias, o gosto e o costume de cada povo e de cada cultura.
A música seria, nesse caso, a capacidade que consiste em saber expressar sentimentos através de sons artisticamente combinados ou a ciência que pertence aos domínios da acústica, modificando-se esteticamente de cultura para cultura

Origem Da Musica

Muitas obras de arte da Antigüidade mostram músicos e seus instrumentos, entretanto não existem conhecimentos sobre como os antigos faziam seus instrumentos. Apenas umas poucas peças completas de música da Antigüidade ainda existem, quase todas do povo grego.
Egito - Por volta de 4.000 a.C., as pessoas batiam discos e paus uns contra os outros, utilizavam bastões de metal e cantavam. Posteriormente, nos grandes templos dos deuses, os sacerdotes treinavam coros para cantos de música ritual. Os músicos da corte cantavam e tocavam vários tipos de harpa e instrumentos de sopro e percussão. As bandas militares usavam trompetes e tambores.
Palestina - O povo palestino provavelmente não criou tanta música quanto os egípcios. A Bíblia contém a letra de muitas canções e cânticos hebraicos, como os Salmos, onde são mencionados harpas, pratos e outros instrumentos. A música no templo de Salomão, em Jerusalém, no século X a.C., provavelmente incluía trompetes e canto coral no acompanhamento de instrumentos de corda.
China - Os antigos chineses acreditavam que a música possuía poderes mágicos, achavam que ela refletia a ordem do universo. A música chinesa usava uma escala pentatônica (de cinco sons), e soava mais ou menos como as cinco teclas pretas do piano. Os músicos chineses tocavam cítara, várias espécies de flauta e instrumentos de percussão.
Índia - As tradições musicais da Índia remontam ao século XIII a.C.. O povo acreditava que a música estava diretamente ligada ao processo fundamental da vida humana. Na Antigüidade, criaram música religiosa e por volta do século IV a.C. elaboraram teorias musicais. Os músicos tocavam instrumentos de sopro, cordas e percussão. A música indiana era baseada num sistema de tons e semitons; em vez de empregar notas, os compositores seguiam uma complicada série de fórmulas chamadas ragas. As ragas permitiam a escolha entre certas notas, mas exigiam a omissão de outras.
Grécia - Os gregos usavam as letras do alfabeto para representar notas musicais. Agrupavam essas notas em tetracordes (sucessão de quatro sons). Combinando esses tetracordes de várias maneiras, os gregos criaram grupos de notas chamados modos. Os modos foram os predecessores das escalas diatônicas maiores e menores. Os pensadores gregos construíram teorias musicais mais elaboradas do que qualquer outro povo da Antigüidade. Pitágoras, um grego que viveu no século VI a.C., achava que a Música e a Matemática poderiam fornecer a chave para os segredos do mundo. Acreditava que os planetas produziam diferentes tonalidades harmônicas e que o próprio universo cantava. Essa crença demonstra a importância da música no culto grego, assim como na dança e nas tragédias.
Roma - Os romanos copiaram teorias musicais e técnicas de execução dos gregos, mas também inventaram instrumentos novos como o trompete reto, a que chamavam de tuba. Usavam freqüentemente o hydraulis, o primeiro órgão de tubos; o fluxo constante de ar nos tubos era mantido por meio de pressão de água.

Ludwig Van Beethoven

Beethoven  Bonn, batizado em 17 de dezembro de 1770[1]Viena, 26 de março de 1827) foi um compositor alemão, do período de transição entre o Classicismo (século XVIII) e o Romantismo (século XIX). É considerado um dos pilares da música ocidental, pelo incontestável desenvolvimento, tanto da linguagem, como do conteúdo musical demonstrado nas suas obras, permanecendo como um dos compositores mais respeitados e mais influentes de todos os tempos. "O resumo de sua obra é a liberdade," observou o crítico alemão Paul Bekker (1882-1937), "a liberdade política, a liberdade artística do indivíduo, sua liberdade de escolha, de credo e a liberdade individual em todos os aspectos da vida".